Nunca houve uma decisão tão forte para se construir ferrovias no Brasil como agora. O plano de concessões ferroviárias apresentado no fim de agosto do ano passado pela presidente Dilma Rousseff tem como objetivo resolver o déficit na área de transportes, reduzir o custo Brasil e tornar o país mais competitivo no mercado internacional.
O governo Federal está fazendo parcerias para ampliar a infraestrutra do país, para beneficiar sua população e seu setor privado e para saldar uma dívida de décadas de investimento em logística.
Chegou a hora de ousar ainda mais e tirar do papel as linhas férreas que já deviam ter chegado ao coração do território nacional. Em Santa Catarina, a União pretende licitar três ferrovias em 2013. Uma é o prolongamento da Ferrovia Norte-Sul, que parte de Panorama (SP) e vai até o porto de Rio Grande (RS) passando por Chapecó. A outra, chamada Litorânea Sul, une os portos de São Francisco do Sul e o de Imbituba. A terceira é a Ferrovia do Frango ou da Integração, que liga o Oeste do Estado ao Porto de Itajaí.
A contratação do estudo de viabilidade técnica da Ferrovia da Integração é a mais recente conquista. O projeto que prevê os estudos técnico, econômico e ambiental de forma paralela e em 22 meses será possível lançar o edital para as obras. Outro pleito atendido foi a extensão dos trilhos até Dionísio Cerqueira, no Extremo-Oeste, abrindo a possibilidade de tornar a Ferrovia da Integração bioceânica, interligando os portos catarinenses ao porto de Antofagasta, no Chile. Há ainda uma quarta ferrovia que contempla o Estado, que liga Maracaju (MS) a Mafra (SC), com corredor ferroviário até os Portos de São Francisco e Itapoá.
Apesar da pequena extensão da malha de cargas no Brasil, de 29 mil quilômetros, a mesma de 1922, o modal é responsável por quase 25% do transporte das riquezas do País. Em Santa Catarina este percentual cai muito, para apenas 5%. Mas teremos R$ 90 bilhões do PAC2, recurso fundamental para que a malha ferroviária saia da fase de diagnóstico e mergulhe no período de ação.
* Deputado estadual, Presidente da Frente Parlamentar das Ferrovias da Assembleia Legislativa

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